segunda-feira, 28 de março de 2011

Você por um momento

Em um campo bem distante da cidade, morava um homem sozinho e desiludido com a vida. Ele havia decidido nunca mais se apaixonar, depois que o mundo lhe tirou a coisa mais valiosa de sua vida: Sua esposa. Solitário, o homem passava a maior parte do dia sentado em sua poltrona, com a foto de sua esposa sobre as mãos. Com os olhos secos e fundos, ele não teve escolha, a não sair de sua casa e ir até a cidade grande pagar o que havia devendo há meses. Seu movimento com o corpo estava lento, suas pernas estavam doloridas de tanto ficar sentado. Ao pagar as contas, seus olhos não conseguiram evitar, e logo estavam eles, olhando para o banco de uma praça onde havia dado o primeiro beijo em sua esposa. Seus olhos que pareciam secos, já estavam encharcados, e por um momento seu mundo desabou novamente. Voltando para casa, com a mão escorada em sua cabeça, ele parou o carro e estacionou na beira da estrada. Tirou a cabeça para fora, e respirou fundo, se lamentando por ainda estar vivo. O homem armagurado ligou o veiculo deixando a luz do farol acesa, foi quando ele avistou ao longe uma mulher que vestia um vestido azul claro e sapatos brancos. Seu cabelo estava solto e escuro sobre seu ombro, onde trazia com ela um enorme sorriso em seus lábios. Era magnifica, não só como era, como era sua magnifica esposa. O homem com os olhos arregalados e mãos frias, desceu do carro rapidamente, deixando a porta aberta. Seus pés estavam caminhando levemente, já não sentia dor alguma em suas pernas, pelo ao contrario, ele estava se sentindo nos céus, á frente de uma estrela. O homem encantado sentiu a respiração suave de sua esposa batendo em seu rosto, o aroma do perfume dela o deixou como todas as noites que ela o costumava deixa-lo, enfeitiçado. Sua esposa estava brilhando, mais dessa vez a luz estava forte, deixando-o o homem com os olhos fortemente fechados. Lentamente, seus olhos se abriram. Era um sonho, havia amanhecido, os raios de sol refletiam sobre seus olhos, a foto de sua esposa estava amassada em sua mão, a vontade de abraça-la era tanta.. o perfume no qual seria dela, era a estação das flores chegando.. a respiração que o homem sentia, era uma simples janela que se rendeu ao vento pela madrugada. Deprimido, o homem havia perdido o chão naquele momento, seu coração estava fraco, seu estomago estava rouco, suas lagrimas não saiam, seu corpo estava frio, sua vida já não estava por um fio.

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